Uma das primeiras frustrações de um casal recém-casado pode ser o sexo! Sim, o sexo! O ato tão desejado e esperado pelos casais que se guardam sexualmente para o casamento, pode ser uma grande frustração. E se não for tratado, pode perdurar todo o casamento, e em alguns casos, determinar o “fim” do mesmo.
Mas por que isso acontece? Porque crescemos ouvindo sobre o sexo na perspectiva do mundo ímpio (que despreza os valores de Deus- cf 1 Jo 2.15-17); que mostra o prazer sexual como o mais desejado nessa vida. E torna o sexo um ídolo (Mt 22.37).
Os romances fazem-nos acreditar que sempre haverá harmonia na vida sexual do casal. Os dois sempre estão “a fim”. Eles sempre chegam ao orgasmo juntos. Ignoram as diferenças entre homem e mulher no desejo e prazer sexual. Diferenças essas que, se ignoradas, trazem frustrações já na noite de núpcias.
Na escola aprendemos apenas a nos proteger das doenças e da gravidez indesejada, tirando isso, “tá tudo liberado”.
De modo geral, o outro é tratado como objeto para me satisfazer. Não vemos o sexo como forma de servir ao cônjuge (I Co 7.3-5). Isso fica pior com o fácil acesso a pornografia, onde se cria expectativas bizarras de como o outro pode me satisfazer, afinal, uma vez casado, se pode fazer de tudo dentro de quatro paredes!
Isso sem falar que nesses contextos pouco se fala sobre implicações da vida sexual, como higiene e saúde. Atitudes práticas antes e durante o casamento que preveem doenças, mesmo em um casal casado e fiel um ao outro.
Um dos prazeres do casamento é o casal aprender juntos sobre a prática correta (bíblica) do sexo. É bom ver com o passar do tempo como amadurecemos nessa área, o que torna a intimidade cada vez melhor (Pv 5.15-19).
Porém há frustrações que podem ser evitadas com uma boa e aberta conversa sobre o assunto com pessoas mais maduras. Por isso a importância de termos um casal maduro nos acompanhando durante o namoro, noivado e casamento; com quem podemos ter essa conversa, e que também pode acontecer com um pastor ou líder espiritual.
Pv 15:22 Os planos fracassam por falta de conselho, mas são bem sucedidos quando há muitos conselheiros.
Pv 26:12 Você conhece alguém que se julga sábio? Há mais esperança para o insensato do que para ele.
Esse tipo de conversa é bom acontecer próximo à data do casamento. Especialmente para o homem, ela pode despertar um desejo sexual ainda mais forte, e a luta para não cair em tentação pode aumentar. Por isso é bom evitar que essa luta seja por muitos dias.
Porém, a proximidade com a data do casamento também pode ser um empecilho, pois o casal está tão ocupado com os detalhes da cerimônia e da festa, que não separam um tempo para essa conversa. Daí a cerimônia e a festa saem perfeitos, mas a noite de núpcias um desastre.
A iniciativa para ter essa conversa deve ser do casal de noivos, pois o interesse de começar bem o casamento na vida sexual é deles. Porém, os casais conselheiros também devem orientar os noivos sobre a importância de falarem sobre esse assunto.
“O ato conjugal” (https://www.editorabetania.com.br/103/o+ato+conjugal) é um excelente livro que aborda esse assunto! Ele pode ser lido antes e durante o casamento. Vale a pena lembrar que não recomendável ler muito antes do casamento, e muito menos os noivos lerem juntos; pois isso provocará uma tentação desnecessária para quem está “quase lá”.
Mesmo casais com experiências sexuais pré-casamento precisam dessa conversa, pois só o fato de terem experiência sexual antes do casamento, já mostra que ele foi praticado fora dos padrões bíblicos.
Que Deus nos ajude a vivermos todos os benefícios de ser igreja, encontrando nela casais maduros orientando casais mais novos a honrarem a Deus na vida sexual.
Assim nós anunciamos Cristo a todas as pessoas. Com toda a sabedoria possível, aconselhamos e ensinamos cada pessoa, a fim de levar todos à presença de Deus como pessoas espiritualmente adultas e unidas com Cristo. (Colossenses 1.28- NTLH)
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